Será que tenho ansiedade? Principais sintomas e como controlar

A ansiedade é um sentimento natural e está relacionada, por exemplo, com um prazo apertado ou uma tarefa urgente no trabalho. Já os transtornos de ansiedade acometem pessoas que, geralmente, se preocupam intensamente e não conseguem lidar com essa autocobrança, a ponto de comprometer sua qualidade de vida e seu bem-estar. Os transtornos ansiosos são uma reação emocional de uma ameaça do futuro. Incerteza e imprevisibilidade são seus principais gatilhos. O primeiro sinal é o sentimento de ansiedade em relação ao que irá ou poderá acontecer, acompanhado de pessimismo. Isso provoca no corpo e no cérebro humano uma sensação de perigo, urgência, medo e insegurança. Consequentemente, o organismo reage com uma “luta” ou “fuga”. Por exemplo, uma pessoa que está sofrendo com cobranças intensas em seu ambiente de trabalho pode inicialmente apresentar irritabilidade, raiva e tensão muscular. Posteriormente, ela pode desenvolver insegurança, labilidade emocional (mudanças exageradas no humor, sentimentos e/ou emoções), tremores e transpiração excessiva. Quais são os tipos de transtornos de ansiedade? Os tipos mais comuns e suas características são: Quais as principais causas e sintomas da ansiedade? As causas podem variar de pessoa para pessoa e podem surgir, por exemplo: Os principais sintomas são: Quais as consequências dos transtornos de ansiedade? A preocupação excessiva, os pensamentos acelerados e repetitivos, o medo desmedido, as atitudes compulsivas e demais características dos transtornos de ansiedade podem trazer consequências a curto, médio e longo prazo para uma pessoa. Os impactos negativos comprometem a qualidade de vida. E, também, os relacionamentos pessoais e profissionais, a capacidade produtiva e a relação da pessoa consigo e com o mundo. À medida que o quadro se agrava (principalmente sem tratamento), piora a maneira como a pessoa encara o ambiente, o outro e a si mesma. Isso resulta em: Ainda, os transtornos ansiosos podem acarretar outras doenças mais graves e incapacitantes, como depressão, diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Em geral, a psiquiatria trabalha mais com o conceito de controle do que de cura. A ansiedade se apresenta de forma crônica na grande maioria das pessoas. Uma vez diagnosticada com algum transtorno de ansiedade, a pessoa sempre poderá voltar a apresentar seus sintomas, mesmo que tenham sido controlados. Por isso, o tratamento não deve envolver apenas medicamentos. É necessária uma mudança de qualidade de vida que deve ser mantida de forma contínua. Geralmente, os sintomas de ansiedade costumam piorar nos momentos em que a pessoa se encontra sob grande estresse. É importante levar em conta diferentes fatores que podem influenciar esse estresse, como familiares, laborais, sociais etc. Como tratar a ansiedade? Antes de tudo, é preciso dar atenção à saúde geral: com boa alimentação, exercícios físicos, hábitos de higiene, consultas e exames regulares, boas noites de sono, vida social ativa e práticas de autocuidado e bem-estar. Esses são básicos para cuidado com o corpo e a mente, e colaboram para prevenir ou amenizar os transtornos de ansiedade. De maneira geral, o tratamento dos transtornos ansiosos leves (baixo impacto na vida da pessoa) engloba: Quando a situação é um pouco mais grave e a pessoa já desenvolveu pânico, por exemplo, utilizam-se medicamentos antidepressivos. Geralmente, eles têm impacto positivo no tratamento da ansiedade. Ainda, são mantidos os atendimentos com psicoterapia e psicanálise. Independentemente de possuir ou não ansiedade, ou do nível da doença, a psicoterapia é indicada, pois serve para as pessoas se conhecerem mais e aprenderem a lidar melhor com suas emoções. Como controlar a ansiedade? É preciso enfatizar: a prevenção da depressão e da ansiedade está ligada à qualidade de vida. O equilíbrio é biopsicossocial (biológico, psíquico e social). Para que ele exista é preciso que a pessoa não sobrecarregue apenas uma área de sua vida e deixe as outras de lado — por exemplo, focar excessivamente na profissional e negligenciar sua vida afetiva, familiar e social. Todas as técnicas de tratamento — e algumas também servem para prevenção — buscam fazer a pessoa refletir sobre essas situações e encontrar um equilíbrio ou controle de todas as áreas. De maneira geral, existem práticas que podem ajudar na prevenção e nesse equilíbrio. Algumas sugestões são: Procure ajuda de especialistas Nesse contexto, a comunicação é muito importante. Por isso, é recomendável que a pessoa com diagnóstico ou tendência a problemas psíquicos procure ajuda. Esse conselho serve também para sua rede de apoio (familiares, parceiros, colegas e amigos). Psicólogos e psiquiatras são os profissionais indicados para realizar o diagnóstico correto e administrar o tratamento mais adequado. Alessandra Datto

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Alessandra Datto

Sou psicóloga e neuropsicóloga com experiência na área clínica há mais de 10 anos, fundadora do Espaço Neurodesenvolver - Psicologia e Neuropsicologia.

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